quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Crescente Fértil






















Os gregos e a mitificação do Nilo

O Egito sempre chamou a atenção de diferentes povos por sua paisagem singular, sua fauna e flora surpreendentes e por seus impressionantes monumentos. Apesar dos contatos do Egito com o Mediterrâneo Oriental serem milenar, foram os gregos que iniciaram o processo de mitificação do Egito. Por volta de 450 a.C , o historiador grego Heródoto se dirigiu ao Delta do Rio Nilo para recolher material que utilizaria em seu livro de Histórias, em que procurava explicar a luta de gregos e persas remontando aos costumes e tradições dos povos orientais, com destaque para o Egito. Os gregos se surpreenderam com o regime das cheias do Nilo, com o sistema de escrita, que acreditaram ocultar verdades sagradas – por isso o nome hieróglifos, do grego hiero "sagrado" e glifos "escrita" – e com seus ritos funerários, que contribuíram para despertar assombro e admiração. Heródoto ficou impressionado com a cheia do Nilo e com sua importância para a agricultura egípcia. Em seu texto mais conhecido sobre o Nilo escreveu o seguinte:


"Em todo o mundo, ninguém obtém os frutos da terra com tão pouco trabalho. Não se cansam a sulcar a terra com arado ou a enxada, nem têm nenhum dos trabalhos que todos os homens têm para garantir as colheitas. O rio sobe, irriga os campos e, depois de os ter irrigado, torna a baixar. Então, cada um semeia o seu campo e nele introduz os porcos para que as sementes penetrem na terra; depois, só tem de aguardar o período da colheita. Os porcos também lhe servem para debulhar o trigo, que é depois transportado para o celeiro". Heródoto, 2,14.


Outro autor grego, Diodoro, por seu lado, declara que o Nilo supera todos os rios do mundo pelos benefícios que trazia ao Egito:


"A maior parte deles lança apenas a semente, leva os rebanhos para os campos e eles enterram as sementes: quatro ou cinco meses depois, o camponês regressa e faz a colheita. Alguns camponeses servem-se de arados leves, que removem apenas a superfície do solo umedecido e depois colhem grandes quantidades de cereal sem grande despesa ou esforço. De uma forma geral, entre os outros povos, todo o tipo de trabalho agrícola comporta grandes despesas e canseiras; entre os egípcios é que a colheita se faz com poucos meios e pouco trabalho". Diodoro Sículo, 1,36.


O fato de Diodoro e Heródoto se impressionarem com o imenso rio, não era estranho, já que a Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura consistia em esforço digno de Titãs. O que os gregos, nem os egípcios, sabiam era que a cheia ocorria em função de chuvas na África tropical e do degelo nas terras altas etíopes.



  • A cheia ocorria em junho em Assuã e, como não eram detidas as águas por barragens ou diques, dirigiam-se para o norte, atingindo Mênfis, cerca de 3 semanas depois.
  • Antes disso, cobria terras aráveis por meio de um processo de infiltração.
  • De agosto a setembro, todo o Vale do Nilo encontrava-se inundado e,
  • Em outubro, o nível das águas baixava, deixando o solo úmido e coberto de uma lama cheia de detritos orgânicos e de sais minerais.
    Durante todo esse processo de inundação, o trabalho do camponês era fundamental e diante do espetáculo causado pelas cheias, escapou, ao olhar de Heródoto, as dificuldades e a lida do camponês na limpeza dos canais, na semeadura e na colheita, durante os trabalhos agrícolas.

    Assim, a imagem mítica do Egito, entre os gregos, deveu-se à admiração pela cheia do Nilo e ao extraordinário poder gerador de vida que resultava da fertilização, considerada quase mágica, do solo às margens do rio Nilo. Desde o início, o interesse pelo Egito revestia-se de um caráter misterioso, derivado da imensa fecundidade da natureza egípcia e que obscurecia a importância do trabalho humano na valorização dos benefícios das cheias.


    A expedição napoleônica, a egiptomania e a egiptologiaA expedição napoleônica ao Egito marca a passagem do conhecimento indireto do Egito para a informação direta, marcando a chamada pré-egiptologia (Heródoto, Diodoro da Sicília, Estrabão, Manetôn). O Egito era para França e para a Europa uma terra desconhecida. Sobre ela havia notícias sobre botânica, geologia e arquitetura, a expedição tinha como objetivo fazer uma descrição científica do vale do Nilo. A nau capitã, chamada O Oriente, levava uma pequena biblioteca e alguns estudiosos do tema. A fundação do Instituto Nacional do Egito, em agosto de 1798, é uma das marcas da expedição do imperador francês Napoleão Bonaparte ao Egito. A piblicação, em 1812, da Description de l'Egypte, resultado das pesquisas feitas pelos franceses, obra com:
  • 12 volumes
  • 4000 páginas
  • 3000 ilustrações,
    resultou em um desenfreado colecionismo. A obra aborda temas de astronomia, agricultura, instrumentos musicais, geografia, clima, flora, fauna, artes, ofícios, usos e costumes. As peças egípcias, que antes eram reunidas pela simples curiosidade ao estranho e ao exótico, passam a ter interesse cultural.

    A criação se seções egípcias em museus da Itália, França, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Suécia, Rússia e nos EUA é um dos reflexos da publicação da Description l'Egypte. Aliada à criação das seções egípcias, assistimos à produção acadêmica, à formulação de catálogos e ao aumento de bibliotecas especializadas. As viagens ao Egito e a divulgação de imagens, litografias, relatos de usos e costumes leva a uma vasta reutilização de motivos do Antigo Egito para a criação de objetos e narrativas contemporâneos. Egiptomania, revificação egípcia, estilo do Nilo, faraonismo, passam a expressar o mesmo fenômeno. As primeiras universidades que instituem os cursos de egiptologia, na estrutura curricular foram:


    1. Sorbone em Paris,
    2. Universidade de Berlim na Alemanha,
    3. Oxford e Londres na Inglaterra e
    4. Universidade de Pisa na Itália
    Nos últimos 200 anos, a egiptologia tornou-se uma disciplina científica que é estudada em todos os continentes, com dezenas de universidades envolvidas e com pesquisas a partir de abordagens mais variadas, em diversos contextos. Na América Latina, destacam-se pesquisas do Uruguai, Argentina, com trabalhos arqueológicos de campo no Egito, e do Brasil.


    Palavras usadas:
    egiptofilia – o gosto pelo exotismo e posse de coisas relativas ao Egito antigo
    egiptomania – reinterpretação e re-uso de traços da cultura do antigo Egito de uma forma que lhe atribua novos significados
    egiptologia – ciência que trata de tudo do Egito antigo. A busca e o culto pelos vestígios originais, daquela época, caracterizam a egiptologia. Conjuga ciência e imaginação, ao formar a sua substância e partir dos dados acadêmicos, do saber popular, transmitido por viajantes e escritores, e do repertório de crenças e mitos universais.

    Origem: livro 'Imagens do Egito Antigo' um estudo de representações históricas de Raquel dos Santos Funari e fotos: imagens Google.

    Fontes: http://leopoldina-emummundodistante.blogspot.com.br/2009/06/o-interesse-pelo-egito-faraonico.html 



  • Primeiras civilizações da história da África

    Em torno de 3.300 AC começam os registros da história da África com o florescimento da escrita na civilização faraônica do Egito Antigo. A civilização egípcia, uma da primeiras e mais duradouras da história, perdurou até 343 AC com diferentes graus de influência sobre outras áreas africanas ao longo do tempo. A influência egípcia se espalhou até onde é hoje a Líbia, norte de Creta, Palestina, e ao sul até o reino da Núbia. Outra grande civilização ao norte da África antes da conquista romana foi a de Cartago.

    Após a conquista do norte da África pelos romanos, essa área foi integrada economicamente e culturalmente ao resto do Império Romano. Assentamentos romanos foram feitos onde é hoje a moderna Tunísia e em outros lugares ao longo da costa do Mediterrâneo. O cristianismo se espalhou por essas áreas desde a Palestina via Egito, indo também mais para o sul, além das fronteiras do Império Romano até a Núbia e Etiópia.

    A história da África no começo do século sétimo foi marcada pela expansão do Califado Árabe Islâmico pelo Egito, e daí por todo norte do continente. Após a conquista do norte da África, o islamismo se expandiu para o sul do Saara principalmente através das rotas comerciais e migrações.

    África Subsaariana

    Denomina-se África-subsaariana a região que contêm os países africanos situados ao sul do deserto do Saara. Desde o século XIX, este território começou a ser conhecido com a expressão África Negra pelos ocidentais, descrevendo uma região habitada por indivíduos da raça negra que não havia sido descoberta ainda, nem colonizada pelos europeus. Este termo caiu em desuso e foi catalogado como pejorativo. Esta região do globo é tida como o berço da humanidade.


    Desde o fim da era do gelo, o norte e a região sub-saariana encontraram no deserto do Saara uma fronteira natural e quase intransponível, salvo pequenos atalhos como o rio Nilo. O termo sub-saariano encontra um sinônimo em África tropical, tentado destacar sua diversidade ecológica, ainda que a parte austral tenha um clima totalmente diverso.
    Os países que formam a região são: Congo, República Centro Africana, Ruanda, Burundi, África Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djbouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarão, Chade, Cote d’Ivoire, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
    A África sub-saariana é considerada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os graves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. A expectativa de vida não ultrapassa os 47 anos, o índice de alfabetização de adultos atinge 63%, e o nível de escolaridade chega a 44%.
    O enorme crescimento populacional, durante a década de 1990, acarretou no aumento de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Mais da metade da população sub-saariana, uns 300 milhões de pessoas, sobrevive com menos de um dólar por dia. Milhões destas pessoas vivem na mais absoluta pobreza, privados de água potável, moradias dignas, alimentos, educação e acesso à educação.
    A falta de água gera problemas devastadores para a região, além disso, a situação se agrava devido aos períodos de seca e pela desastrosa gestão dos recursos hídricos. Tudo isso causa fome e doenças, provocando o êxodo de muitos nativos.
    A África sub-saariana é a região mais afetada pelo HIV, nos últimos anos, numa faixa de terra que vai desde a África Ocidental até o Oceano Índico. Hoje existem mais de 35 milhões de órfãos na África sub-saariana, calcula-se que, destes, aproximadamente 11 milhões são órfãos pelo fato de seus pais terem morrido em decorrência de doenças causadas pelo vírus HIV.

    Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/africa-subsaariana/

    terça-feira, 8 de maio de 2012

    Atividade Avaliativa

    Nome:_______________________________________________Série _________Nº_____
    Data____________________________  Atividade Avaliativa de História

    1- Onde fica a nascente do rio Nilo?
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    2- Qual a extensão do Rio Nilo?
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    3- Qual a importância do Rio Nilo para o Egito?
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    4- Como era utilizado o Shaduf?
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    5- Qual era o período de cheias do Rio Nilo?
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    6- Qual a importância da Pedra de Roseta para que os hieróglifos pudesse ser decifrados?
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    7- Quem Foi Champollion?
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    8- Como podemos ler os hieróglifos?
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    09- Quem era um escriba?
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    10- Quais eram as principais características da Religião do Egito Antigo?
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    11- Quem os principais deuses do Egito Antigo?
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    A PEDRA DE ROSETA


    A PEDRA DE ROSETA
    A Pedra de Roseta foi à chave que permitiu revelar os mistérios dos hieróglifos egípcios. As tropas de Napoleão descobriram-na em 1799 nas proximidades da cidade costeira de Roseta, no baixo Egito. A pedra acabou por ser transportada para o British Museum, em Londres, onde ainda se encontra.  
    Trata-se de um bloco de basalto preto que data de 196 A.C., inscrito pelos antigos egípcios, apresentando um selo real que louva o rei Ptolomeu V.

    A inscrição foi gravada por três vezes, em três diferentes expressões: uma em hieroglífico, uma em demótico e outra em grego.  
    Thomas Young, um físico britânico, e Jean François Champollion, um egiptólogo francês, colaboraram tendo em vista a decifração dos textos hieroglífico e demótico pela comparação com o texto grego, cujo sistema de signos é - e era - conhecido. Foi deste descarnado ponto de partida que uma geração inteira de egiptólogos conseguiu eventualmente decifrar boa parte do remanescente dos antigos escritos egípcios. 

    A capacidade de leitura dos hieróglifos perdeu-se por mais de um milênio e foi Jean-François Champollion, nascido em 23 de dezembro de 1790, em Figeac, uma pequena aldeia do sul da França, quem conseguiu decifrá-los de novo e integralmente, o que lhe valeu o epíteto de Pai da Arqueologia. 

    A chave principal da decifração foi a famosa Pedra de Roseta, descoberta em 1799 e que continha um decreto da época do faraó Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.) grafado em hieróglifos, em demótico e em grego. Foi comparando esses escritos, usando seus excelentes conhecimentos da língua copta e estudando outras inscrições hieroglíficas, que ele conseguiu o feito notável de nos abrir o conhecimento dos meandros da civilização egípcia antiga e deu início à egiptologia científica.

    Provavelmente estimulado pela convivência com a biblioteca de seu pai, que era livreiro, Champollion demonstrou ser uma criança precoce. Com cinco anos de idade aprendeu a ler sozinho. 
    Tinha apenas 10 anos quando seu irmão mais velho, um arqueólogo, lhe mostrou uma reprodução daquela pedra e, diga-se de passagem, apesar de ter trabalhado com seu texto durante 14 anos, ele nunca conseguiu ver a pedra em si. Foi provavelmente por influência do irmão que o garoto desenvolveu a paixão por línguas em geral e pelo Egito em particular. 

    Ao examinar o texto, curioso, o menino encasquetou que um dia decifraria aquela estranha escrita: os hieróglifos. Esse desejo infantil tornou-se obsessão e ele se preparou para o feito: dedicou-se com afinco ao estudo das línguas antigas e orientais.

    Com 11 anos ganhou uma bolsa de estudos e ingressou no liceu de Grenoble, recém fundado. Aí o jovem estudante maravilha os mestres traduzindo e explicando com perfeição os versos, ainda que sutis, de Virgílio e de Horácio.  

    Não se dá bem com a matemática, e futuramente seu pai irá ajudá-lo nos cálculos da cronologia dos reinos dos faraós, mas, em compensação, revela um talento fora do comum para o entendimento de línguas. 
    Aprendeu, às vezes sozinho, árabe, hebreu, aramaico, siríaco, persa, etíope, caldeu, chinês, sânscrito, zende e copta. Com apenas 16 anos de idade apresentou à Academia de Grenoble um trabalho no qual defendeu que o copta talvez fosse uma & quotdeturpação" da língua falada no antigo Egito.  

    Em 1808 descobriu que 15 sinais da escrita demótica correspondiam a letras do alfabeto da língua copta e isso o convenceu de que o copta era a última etapa da língua faraônica. Dedicou-se, então, a ela com tal empenho que, em 2 de abril de 1809, encontrando-se em Paris para aperfeiçoar seus estudos de línguas, escreveu ao seu irmão: Sinto-me tão perfeitamente copta que, para me distrair, verso para esta língua tudo que me passa pela cabeça; falo copta sozinho já que ninguém poderia me entender.

    Hieróglifo ou Hieroglifo é cada um dos sinais da escrita de antigas civilizações, tais como os egípcios, os hititas, e os maias. Também se aplica, depreciativamente, a qualquer escrita de difícil interpretação, ou que seja enigmática. 

    Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ἱερός (hierós) "sagrado", e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados". 

    A escrita hieroglífica constitui provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, e era vocacionada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. Com o tempo evoluiu para formas mais simplificadas, como o hierático, uma variante mais cursiva que se podia pintar em papiros ou placas de barro, e ainda mais tarde, com a influência grega crescente no Oriente Próximo, a escrita evoluiu para o demótico, fase em que os hieróglifos iniciais ficaram bastante estilizados, havendo mesmo a inclusão de alguns sinais gregos na escrita o suporte material era o papiro.

    O Rio Nilo



    O Rio Nilo
    Localização, formação, extensão, importância, história, dados sobre o rio.
    Localização
    O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente. 
    Informações importantes
    O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 quilômetros. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria. 
    O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo. 
    Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sisstemas de irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Assuã. 
    História
    A rio Nilo foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito Antigo. Numa região desértica, o rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar e irrigar a agricultura (através de canais de irrigação). Após a cheia do rio, ficava nas margens um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio. O rio era utilizado também como via de transporte de mercadorias e pessoas.  
    Curiosidade:
    - No Egito Antigo, os egípcios chamavam o rio Nilo de Iteru, que significava “o grande rio”. 
    A escrita egípcia: Os hieróglifos
    O que era a escrita hieroglífica, egípcios, cultura, os hieróglifos.
    Hieróglifos Egípcios: escrita através de desenhos e símbolos. 
    Definição
    No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era baseada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam idéias, conceitos e objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Esta escrita era dominada, principalmente, pelos escribas.  
    Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e templos.
    Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta importante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem decifrar a escrita hieroglífica. 
    Curiosidade:
    - Jean-François Champollion, egiptólogo e lingüista de nacionalidade francesa, fez a decifração dos hieróglifos egípcios. Isso aconteceu entre os anos de 1822 e 1824, usando a Pedra de Roseta como fonte.

    Em agosto de 1799, Napoleão Bonaparte realizou uma expedição militar e científica para o Egito. Enquanto conduziam um grupo de engenheiros para o Forte Julien, próximo à cidade de Roseta, os soldados franceses se depararam com um fragmento polido de uma pedra entalhada com estranhos glifos cunhados separadamente em três línguas diferentes: grego, demótico e hieróglifos.
    Percebendo o valor daquelas inscrições, Napoleão Bonaparte logo ordenou a reprodução e o envio daqueles escritos para especialistas em línguas mortas. 
    Em abril de 1802, Reverendo Stephen Weston foi capaz de traduzir a parte escrita em grego. No mesmo ano, o francês Antoine-Isaac Silvestre de Sacy e o sueco Johan David Åkerblad interpretaram as inscrições em demótico.
    No entanto, os hieróglifos pareciam ser indecifráveis. Somente após 23 anos desde a data de sua descoberta que o francês Jean-François Champollion foi capaz de decifrar o código dos hieróglifos na Pedra de Roseta. 
    Desta forma, foi possível compreender o contexto da criação da estela: as inscrições foram feitas para registrar a gratidão dos sacerdotes egípcios ao faraó Ptolomeu V Epifânio, o qual havia concedido ao povo a isenção de uma série de impostos.  
    De fato, as descobertas de Champollion permitiram que o mundo ocidental tivesse acesso aos milhares de anos da história do Egito, aumentando ainda mais o fascínio dos europeus pela civilização dos faraós. 
    Nasceu na França, em Lot e desde criança se interessava pelo estudo de línguas, aos dezesseis anos falava doze línguas.
    Aos vinte incluiu o latim, o grego, o hebreu, o aramaico, o sânscrito, o avestan, o pahlavi, o árabe, o siríaco, o caldeu, o persa, o chinês e logicamente o francês. 
    Tornou-se professor de História em 1809, em Grenoble.
    Entre as línguas orientais, interessou-se pelo copta que o levou a decifração dos escritos da Pedra da Roseta, estudando-os de 1822 a 1824 e expandiu os trabalhos de Thomas Young nesta área que foi a chave para o estudo da Egiptologia.
    Jean François Champollion é considerado o pai da Egiptologia.
    A religião Egípcia
    A religião politeísta, os deuses, crenças, mitos, vida após a morte, cerimônias, rituais e oferendas. Religião do Egito Antigo: crença em vários deuses.
    A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da sociedade.
    Características da religião egípcia
    Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas.
    Havia também deuses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado.
    Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano. 
    Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas.
    No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor. 
    Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris.
    O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração. 
    Deuses dos Egípcios
    Mitologia e religião egípcia, deuses do Egito Antigo, politeísmo egípcio, características e representações.

    Mitologia egípcia e religião
    No Egito Antigo, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estas divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.
    Conheça abaixo uma relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características.
    Nome do deus (a) - O que representava
    Rá -  Sol (principal deus da religião egípcia)
    Toth - sabedoria, conhecimento, representante da Lua
    Anúbis - os mortos e o submundo
    Bastet - fertilidade, protetora das mulheres grávidas
    Hathor - amor, alegria, dança, vinho, festas
    Hórus – céu
    Khnum - criatividade, controlador das águas do rio Nilo
    Maet - justiça e equilíbrio
    Ptah - obras feitas em pedra
    Seth - tempestade, mal, desordem e violência
    Sobek - paciência, astúcia
    Osíris - vida após a morte, vegetação
    Ísis - amor, magia
    Tefnut - nuvem e umidade
    Chu - ar seco, luz do sol
    Geb – terra
    O shaduf era um equipamento utilizados pelos egípcios para fazer irrigação nas plantas.

    Fontes: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/rio_nilo.htm
    Fontes: http://www.suapesquisa.com/egito/hieroglifos.htm
    Fontes:
    http://geoconceicao.blogspot.com.br/2011/11/rio-nilo.html

    O Egito e o Nilo


    a) Dádiva: Definição de Dádiva Classe gramatical de dádiva: Substantivo feminino
    - Separação das sílabas de dádiva: dá-di-va
    - Plural de dádiva: dádivas
    - Significa: O que é dado ou presenteado
    1 - Aquilo que se dá gratuitamente.
    2 - Aquilo que se recebe gratuitamente.
    3 - Recompensa recebida por trabalhos ou atitudes voluntários.
    4 - Àquele que é recompensado por fazer algo, não esperando nada em troca.
    5 - Dom, presente, oferta, oferecimento, donativo
    6 - Graça Divina.
    b) Halicarnasso: (do grego antigo), (Halikarnassos, latim Halicarnassus) atual Bodrum (Turquia) foi uma antiga cidade situada na costa sudoeste da Anatólia, no golfo de Cós.
    Nascido em Halicarnasso, cidade grega da Ásia Menor, Heródoto era filho de uma influente família. Seu pai, Lixes, foi um líder do segmento democrático da sua polis. Seu tio era um renomado poeta épico, Paníasis.
    Fez uma série de viagens pelo mundo antigo, passando pelas costas do Mar Negro, por Cítia (sul da Rússia), Lídia (Turquia), Egito, Líbia, boa parte da própria Grécia e, talvez, Pérsia e Mesopotâmia. Ao longo de suas viagens, reuniu informações sobre os costumes, mitos e histórias dos diversos povos que conheceu.

    Heródoto de Halicarnasso foi um historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido no século V a.C. (420 a.C. - 485 a.C.?).
    Heródoto de Halicarnasso (moderno Bodrum na Turquia) foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C., conhecida simplesmente como As histórias de Heródoto.
    Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada. Antes de Heródoto, tinham existido crônicos e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado.
    Mas Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado, mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projeto de pesquisa que podia revelar conhecimento do comportamento humano.
    A sua criação deu-lhe o título de "Pai da História" e a palavra que utilizou para o conseguir, história, que previamente tinha significado simplesmente "pesquisa", tomou a conotação atual de "história.
    c) Região Desértica: A rio Nilo foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito Antigo.  Numa região desértica, o rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar e irrigar a agricultura (através de canais de irrigação). Após a cheia do rio, ficava nas margens um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio. O rio era utilizado também como via de transporte de mercadorias e pessoas. 
    O Egito está localizado em região desértica, às margens do Rio Nilo, na porção nordeste do continente africano, é banhado tanto pelo Mar Mediterrâneo quanto pelo Mar Vermelho e limita-se com o Sudão e com o Deserto da Líbia. Apesar de situado numa região desértica, com poucas chuvas, ele é cortado por um vale muito fértil percorrido pelo Rio Nilo, rio que teve um papel decisivo na vida e, principalmente na economia do Antigo Egito.

    Esse solo fértil deve-se graças ao regime de enchentes anuais no Rio Nilo que, durante os meses de junho a setembro, o rio transbordava, inundando suas margens; quando voltava a seu leito normal, deixava o vale fertilizado pelo húmus (fertilizante orgânico) e pronto para o plantio.
     d) Subsistência Estado daquilo que subsiste; estabilidade, permanência, sobrevivência.
    Conjunto de coisas necessárias para a manutenção da vida; sustento, alimentação, víveres: garantir a subsistência da família.